Segundo a OMS, 466 milhões de pessoas no mundo sofrem com problemas auditivos hoje em dia - sendo 34 milhões crianças. A expectativa, segundo a OMS, é de que o número só aumenta: Até 2030 seremos 630 milhões e em 2050 seremos já 900 milhões com perda auditiva no planeta, o que significará 1 em cada 10 pessoas.
A perda de audição afeta as pessoas de várias maneiras e com um grande impacto nas habilidades comunicativas delas e também nas suas capacidades sociais, de aprendizagem e de trabalho, levando inclusive ao isolamento social e a uma maior sensação de solidão.
É importante entendermos que não ouvimos com nossos ouvidos, mas com o nosso cérebro e é no córtex auditivo que os impulsos sonoros que partem do ouvido interno são interpretados e transmitidos ao nosso consciente.
Você sabia que a nossa audição estimula mais o nosso cérebro do que a nossa visão e que a perda auditiva não tratada pode eliminar muitas conexões nervosas no nosso cérebro? Com a perda auditiva, o cérebro não apenas se esquece dos sons, mas morre mais rápido e por isso, a cada 10 dB de perda auditiva, o risco de apresentar demência aumenta em mais de 20% e a única solução na maioria dos casos para impedir este prognóstico é a utilização do aparelho auditivo.
Ao amplificar e modular os ruídos de fundo, o aparelho auditivo leva em consideração a forma como o sistema auditivo processa sons e vozes em nossas cabeças. Assim, a tecnologia moderna é capaz de tornar a audição mais fácil e confortável. Sendo assim, o aparelho auditivo pode ser definido como um dispositivo eletrônico ou um recurso que busca diminuir os danos da deficiência auditiva, amplificando o som proveniente do ambiente para ajudar as pessoas com perda auditiva a perceber os sons à sua volta.
O aparelho auditivo não vai curar a perda auditiva porque ele não é um remédio. Não será um ouvido novo, mas fará com que o usuário perceba diferentes sons e compreenda melhor a fala.
Essa tecnologia empregada nos aparelhos auditivos modernos torna possível separar as vozes e o ruído de fundo, permitindo que as pessoas com perda auditiva entendam e se concentrem nas palavras comunicadas.
Ao usarem-se dois dispositivos para correção de perdas auditivas bilaterais, mesmo quando assimétricas melhora a audição direcional e a orientação espacial porque assim, os aparelhos se comunicam entre si em ambos os ouvidos e, ao trabalharem juntos, a compensação da perda auditiva é otimizada e a informação sonora alcança o córtex auditivo de maneira mais efetiva: - Se você necessita usar 2 aparelhos, use-os pois ouvir pelos dois ouvidos ajudará a localizar o som, entender a fala mesmo em locais barulhentos e a perceber os sons de forma mais natural.
A grande maioria das pessoas que sofrem com algum tipo de deficiência auditiva pode se beneficiar com a utilização de um aparelho auditivo.
A maioria dos sons da nossa vida cotidiana – uma conversa, uma música, telefones tocando – estão em uma faixa de frequência de 500 Hz a 3000 Hz. Se a nossa audição diminuir abaixo do limiar dos 25 decibéis, haverá uma perda leve, ou seja, seremos capazes de perceber apenas sons acima dessa intensidade, provocando prejuízos na nossa vida cotidiana. Assim, a partir de uma perda auditiva de grau leve, a utilização de aparelhos auditivos já pode ser aconselhável, uma vez que estes podem melhorar significativamente a audição.
Recomenda-se a realização de um TESTE AUDITIVO (audiometria) em crianças aos 3 anos de idade, na fase escolar de alfabetização, se a criança apresentar atraso ou trocas na fala e na escrita, adultos que percebam alguma dificuldade de audição, periodicamente se possuir familiar com perda auditiva ou se exercer profissão com exposição à ruídos.
Os adultos com mais de 50 anos devem fazer audiometria anualmente.
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